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ANATEL não é para consumidor

A ANATEL, como a maioria das agências reguladoras, tende a proteger os regulados, seja por comodismo, seja por lobby daqueles, seja pelo mimimi das operadoras e etc.

A novidade é que dá agora mais uma facada no consumidor, indicando que o bastião para este é o portal Consumidor.gov.br.

Ao exigir que o consumidor tenha um protocolo da Ouvidoria da operadora para abrir uma reclamação na agência, a ANATEL estaria dando à operadora a oportunidade de que uma instância administrativa superior resolva o problema.

Lindo! Não fosse a medida uma conivência com a displicência das operadoras no atendimento massivo. Em lugar de regular melhorias para um atendimento inicial primoroso, a ANATEL protege as falhas destes ao forçar o consumidor a reiterar uma solução administrativa na empresa. Gastando sua paciência e seu precioso tempo, para dizer duas vezes a mesma coisa para a mesma pessoa jurídica.

Além, disso, convenhamos, as reclamações abertas na ANATEL deixaram, há muito tempo, de serem preocupantes para as operadoras.

Ao consumidor, portanto, restam o portal Consumidor.Gov.Br e o poder judiciário. Tomara que este perceba esse ambiente de compadrio e passe a dosar suas sentenças tendo-o em conta.

O Centro do Rio

Trabalhei por vinte anos no centro do Rio de Janeiro. Nos últimos anos raramente estive lá, e hoje foi uma dessas ocasiões.

Infelizmente, não consigo vislumbrar como o Prefeito vai se safar dessa, que parece ser uma grande trapalhada. O trânsito está travado, caótico quase, e o charme da região quebrado pelas soluções de aparência improvisada, “feias de doer”. Pereira Passos deve estar se contorcendo no túmulo.

Uma das prerrogativas mais importantes propiciadas pelo capitalismo é a liberdade de escolha. Privar o cidadão da escolha do meio de transporte para ir ao centro da cidade indica ineficiência administrativa. E não adianta jogar a culpa em gestores anteriores e sair derrubando perimetral afirmando que isso vai resolver o problema. Não é o que estamos vendo.

Parece coisa de menino maluquinho, com licença de comparação.