Microsoft versus Google

Sou dinossauro. Acompanhei offline as disputas de Gates com a IBM e depois com Jobs, já que, na época, online só se aplicava aos trens.

Anos depois vi a MS sucumbir à funcionalidade do Google. Quando o Google surgiu, tínhamos o Yahoo e o Astalavista disputando a liderança no sistema de buscas. Parecia um clube fechado, sem qualquer chance a novos entrantes. O Google furou essa barreira. Como? Todos sabem, essencialmente com simplicidade e fluidez, mas também com ouvidos no mercado, que já havia sinalizado a eles que aquelas propagandas nos buscadores eram excessivas.

Não é segredo que o aliás Ruindows cabe perfeitamente em várias versões do Windows. Havia um tendência de que a MS dava uma no cravo e outra na ferradura, com as versões dos sistemas bons e ruins de alternando ao longo do tempo.

O Linux poderia ter desbancado a MS dos S.O., mas era grátis e o capital não viu como viabilizar o Linux como um negócio e está agonizando agora. Como S.O., o Linux é superior e não tem a tela azul. E o motivo é simples: sistema operacional deve ser um sistema que gerencie as operações. Não deve ser um astro, mas um funcionário dedicado e eficiente. Discreto em suma.

Hoje tenho várias licenças e inúmeras versões do Windows e é comum ter dificuldades para reinstalar um sistema se algo for alterado na máquina. E isso só acontece para quem tem os sistemas originais, tem jeito simples se você quiser se livrar disso, mas não é ético, da mesma forma que não o é privar o uso de alguém que pagou por ele.

Enfim, chegamos às assinaturas do Office, em especial o 365. Ótimo para quem não suportava mais ter que comprar licenças novas e caras, e ainda ter todo o trabalho de desinstalar versões antigas e instalar as novas, além de ter que gerenciar as licenças da casa. Excelente para o MS, que prende seus usuários e obtém faturamento constante.

Infelizmente, falta à Microsoft a fluidez do Google. A bem da verdade, falta tudo do Google: funcionalidade, confiabilidade e, principalmente, ouvidos.

Tenho tentado largar os aplicativos antigos por conta da assinatura do Office 365, que deveria resolver meus problemas de gerenciamento das licenças da casa e da interação pelo Onenote, que incluiria a disponibilização de informações atualizadas sobre tudo, inclusive sobre o que a família deve saber se eu faltar. Mas não confio!

Não confio que a Microsoft possa manter tudo com a mesma perenidade que a imagem do Google transmite, não que vá quebrar, mas que não vá mudar e nos deixar na mão. Aconteceu recentemente com o péssimo Skydrive. Não foi só uma mudança de nome, foi uma tentativa de atacar a liderança do GogleDrive, mas que, por conta dos problemas, caminha para ser fracassada mesmo como uma simples opção. E a MS não tem ouvidos para isso.

Isso é o pior, não confio em quem não ouve. O Onenote é tão cheio de faltas, que não posso crer a MS tenha intenção de melhorá-lo, uma vez que sequer tem uma entrada de sugestões. Isso me parece arrogante para quem tem um produto ainda tão deficiente.

Por fim, nunca acreditei em pacotes, pois trabalhei com isso e a ideia é sempre usar os carros-chefese para vender o que sozinho vende pouco, ou nem vende.

E termino aqui, olhando para o Onenote, que é tão ruim pelo que não tem, que não me deixa alternativa de fechá-lo e renovar a assinatura do Evernote.

Veja também: https://ismael.pro.br/blog/?p=46